Polemiza Ila num comentário lá de baixo... Ela diz: "... pois ele não é mais um recurso virtual de entretenimento e relações sociais, é uma diário público, cujas afetações transbordam o corpo e respingam nesse "papel de vidro". Poxa! Linda metáfora. Mas eu nunca pensei sobre os Blogs porque fui da era dos Fóruns e dos Chats, até me encher deles... há uns 7 anos, por aí. O Blog é de uma geração de internautas mais recente. Começou a bombar quando eu já me desinteressava das navegações virtuais. Mas, eis que um dia, inteiramente por acaso, vou parar num Blog acadêmico e me pergunto: por que não faço um? Aí testei a ferramenta e fui fazendo o bichinho... tem menos de duas semanas. Agora tenho que alimentar ele, conhecer suas potencialidades, testar efeitos, observar riscos, pesar consequencias. Em verdade, busco há tempos um veículo dessa natureza. E já venho maturando o que aqui desejo colocar: coisas bombásticas. Mas, devo ir devagar. Sentir a receptividade ao diálogo, o interesse da platéia, por diminuta que seja, tem que ser crítica, senão fica chato. Antecipo que o tema sobre o TEMPO é meu grande quebra-cabeça e, aparentemente, é aqui que vislumbro a possiblidade de poder tratar disso. Estou me armando de coragem... Afinal, as rejeições doem... e rejeitarem nossas idéias, quando fazemos dela objetos amorosos, é duro. Daí a necessidade de aprender a divergir, aprender a ensaiar, aprender a acolher com humildade as outras perspectivas. Infelizmente, o espaço acadêmico, em geral, ao contrário do que deveria, não possibilita isso. Os egos que lá habitam são frágeis. Frágeis porque lhes faltam, exatamente, essa prática, esse treinamento. O Blog pode ser um instrumento de catarse sim, de expressão do eu, de reconfiguração das identidades, mas pode ser também uma forma de buscar parceiros do pensamento, das idéias. Buscar uma forma de parceiria mais livre, que inclua as vivência acadêmicas podendo transcendê-las, libertando os laços nela existentes dos formatos padronizados e pouco criativos, rígidos, mas, não necessariamente rigorosos. Além disso, o Blog, diferentemente das publicações tradicionais, ele pode ser reescrito, corrigido, suprimido, é vivo. Trata-se de amor novo... Então, no momento, tudo são flores... daí as tulipas. Agradeço enormente a qualquer um que se sinta estimulado por qualquer frase, comentário, e queira tratar disso, claramente ou de forma enigmática... Não importa. O que interessa é se permitir dizer. Que minha "coragem" consiga sensibilizar para as grandes questões da vida, do trabalho e da saúde, é o que eu desejo.
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